Os 24 deputados estaduais eleitos, neste ano, arrecadaram R$ 9,740 milhões durante os três meses de campanha eleitoral no Amazonas. Eles informaram à Justiça Eleitoral terem gasto R$ 9,701 milhões com, entre outros alimentação, despesas de pessoal, doações a outros candidatos, combustíveis e publicidade.
As informações estão disponíveis na prestação de contas final, entregue até o dia 4 deste mês à Justiça Eleitoral e disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo os dados, o deputado estadual que mais arrecadou, ao longo da campanha, foi o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Josué Neto (PSD).
Ao TSE, Josué Neto disse ter arrecadado R$ 961,5 mil, sendo R$ 245 mil da Indústria e Comércio de Alimentos Nova California Ltda., R$ 100 mil da Medicom Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda., R$ 101,8 mil do Comitê Financeiro Único e R$ 70 mil do governador reeleito, José Melo (PROS).
O presidente da ALE disse à Justiça Eleitoral que gastou os R$ 961,5 mil integralmente ao longo da campanha eleitoral deste ano. Entre os gastos declarados pelo deputado estão R$ 196 mil com despesas de pessoal, R$ 181,6 mil com publicidade e R$ 58,1 mil com despesas com transporte.
Os ‘novatos’ no parlamento José Augusto Ferraz (DEM) e Alessandra Campelo (PCdoB) estão atrás do presidente da ALE no ranking dos candidatos que mais arrecadaram ao longo da campanha eleitoral. Ferraz disse ter arrecadado R$ 812.435,72, sendo R$ 546,6 mil da empresa J A F de Lima, R$ 167,7 mil em autodoações, R$ 20,9 mil de Alda Edna Lima Ferraz, além de R$ 400 do governador reeleito, José Melo.
Ele disse que gastou R$ 812.416, 85, sendo, entre outros, R$ 248,9 mil com despesas de pessoal, R$ 306,4 mil com publicidade e R$ 20,9 mil com combustíveis e lubrificantes.
Campelo, que é ex-secretária estadual de esporte, disse ao TSE ter arrecadado R$ 722,2 mil. Deste valor, R$ 199,9 mil foram doados pela Mass – Comércio de Materiais de Construção Ltda., R$ 120 mil foram doados pela Borracha Auto Peças Eireli, R$ 111 mil foram destinados do Comitê Financeiro Único da campanha e R$ 108 mil foram de autodoações.
Dos R$ 722,2 mil arrecadados, Campelo disse ter gasto R$ 722 mil, sendo, entre outros, R$ 82,6 mil com cessão ou locação de veículos, R$ 186,5 mil com despesas de pessoal e R$ 144,6 mil com publicidade.
O deputado Orlando Cidade (PTN) disse à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 697,6 mil e ter gasto exatamente este valor nos três meses de campanha eleitoral. Do total arrecadado por Cidade, R$ 388 mil foram da Direção Estadual do PTN, R$ 47,3 mil doados pela Cooperativa dos Piscicultores, Aquicultores, Produtores Rurais e Extrativistas do Amazonas, além de R$ 25 mil de autodoações.
Entre os gastos declarados por Cidade, estão R$ 136,8 mil com despesas de pessoal, R$ 125,7 mil com publicidade e R$ 46,1 mil foram gastos com locação de veículos.
O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Bosco Saraiva (PSDB), eleito deputado estadual, completa o ranking dos cinco maiores arrecadadores na disputa pelas 24 vagas na ALE. Ele disse à Justiça Eleitoral que arrecadou R$ 598,7 mil e gastou exatamente a mesma quantia.
Entre os valores doados a Bosco, estão R$ 34 mil do Comitê Financeiro Único e R$ 32,7 mil de Rubenilson Rodrigues Massulo. Na disputa pela ALE, Bosco disse ter gasto, entre outros, R$ 343,6 mil com publicidade e R$ 74,7 mil com despesas de pessoal, segundo os dados informados na prestação de contas final da campanha eleitoral.
De acordo com o TSE, o governador reeleito, José Melo, doou R$ 322,3 mil para a campanha eleitoral de sete dos 24 eleitos para a ALE. Deste valor, R$ 159,3 mil foram doados por empresas a Melo e repassadas por ele aos candidatos à ALE, segundo a Justiça Eleitoral.
Valores
Os 14 deputados estaduais reeleitos arrecadaram R$ 6,3 milhões, segundo os dados disponibilizados nas prestações de contas entregues por eles à Justiça Eleitoral. A arrecadação total dos demais nove candidatos eleitos foi de R$ 3,3 milhões, segundo o TSE.
Dentre os reeleitos, a menor arrecadação foi do deputado José Ricardo (PT). Ele disse à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 177 mil, sendo R$ 39 mil de José Eduardo Wendling, R$ 31 mil do Comitê Financeiro Único (R$ 6,3 mil do PMDB) e R$ 20 mil da Copag da Amazônia S/A. José Ricardo disse ter gasto R$ 176,9 mil, sendo R$ 61 mil com publicidade e R$ 5,4 mil com despesas com pessoal.
Entre os ‘novatos’, a menor arrecadação foi do sindicalista Platiny Soares (PV). Ele disse à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 64,6 mil e ter gasto o mesmo valor ao longo do período eleitoral.
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