"Ela trabalhou por anos como cozinheira numa escola que fica perto de onde ela morava. A Milca começou na enfermagem depois que uma filha recém-nascida dela morreu com uma parada cardíaca. Ela queria salvar vidas. Agora que ela tinha se formado ia começar reformar a casa dela", contou Miriam.
Além da casa, Miriam havia realizado há pouco tempo o sonho de ter o próprio carro, porém, por ainda não ter habilitação, ela ainda não circulava com o veículo. O carro no qual o casal morreu pertencia à José Francisco. Segundo Miriam, ele estava indo levá-la até a zona de testes do Detran-AM, onde ela faria uma prova para conseguir a CNH.
O casal tinha dois filhos, de 14 e 16 anos. Com os netos órfãos, Miriam pede justiça. "O responsável por isso vai ter que pagar. Queremos que ele apareça e não saia impune desse crime. Acabaram com uma família", afirmou.
Além dos dois filhos com Milca, José Francisco tinha outros três filhos de outros casamentos, todos maiores de idade. Um deles estava no local por curiosidade, sem saber que o pai era uma das vítimas. Ele não quis falar com a reportagem do G1. "Eu estava acompanhando a remoção do contêiner em um canal na televisão pensando em quem teria perdido a vida naquele acidente. Torci para que não fosse nenhum conhecido. Quando eu já estava desligando a televisão, a minha nora, que estava vendo em outro canal, onde divulgaram os nomes das vítimas, veio me contar. Não acreditei", disse Miriam.
Entenda o caso
Um acidente em um cruzamento da Avenida Torquato Tapajós, na Zona Norte de Manaus, deixou duas pessoas mortas na manhã desta quinta-feira (18). As vítimas, uma mulher de 35 anos e um homem de 49, estavam em um carro esmagado por um contêiner que tombou na via. Os corpos do casal foram retirados três horas após o acidente.
Depois de tombar, por volta de 10h, o contêiner esmagou o carro, modelo Classic, nas proximidades do Centro de Treinamento do Departamento Nacional de Trânsito do Amazonas (Detran-AM). Por volta das 13h, o Corpo de Bombeiros conseguiu retirar o carro e os corpos das vítimas, que foram levadas ao Instituto Médico Legal (IML). Não havia familiares das vítimas.
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/09/ela-queria-salvar-vidas-diz-mae-de-mulher-morta-por-conteiner-no-am.html
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