Confira Também

19 de jan. de 2014

CO2 Zero no Amazonas.

O Amazonas quer zerar a emissão de carbono (CO2), um dos principais causadores do efeito estufa, durante a Copa do Mundo em Manaus. O Governo Federal trabalha com a meta de “Copa de baixo carbono”, o que colocou as 12 cidades que sediarão os jogos numa corrida para criar alternativas de redução de poluentes.

A meta mais ambiciosa é a do Governo do Amazonas, que adotou o objetivo de sediar a Copa com a emissão zero de poluentes. A alternativa encontrada é incentivar turistas que virão à cidade a mitigar voluntariamente a emissão de CO2 com o plantio de mudas de espécies nativas da região.

A carboneutralização, como é chamada a compensação de poluentes, será feita com a ajuda de uma calculadora digital, aplicativo que poderá ser baixado em smartphone e tablet, na qual o turista fará o cálculo dos gases que emitircom transporte, uso de energia elétrica, tempo de hospedagem, entre outras ações que resultam em emissão de CO2, e poderá mitigar os poluentes com o plantio de mudas no parque estadual Sumaúma, na Zona Norte.

Iniciativa semelhante é usada em países da Europa, principalmente os que sediam grandes eventos. A diferença é cada calculadora possuiu uma aparência e simbolismo exclusivos aos eventos, apesar do objetivo final ser o cálculo de poluentes, cujo total e revertido em mudas. O Amazonas, por exemplo, teve como referência o modelo usado em Amsterdã, na Holanda.

A necessidade de mitigar os poluentes durante a Copa é resultado da comprovação de emissão de gases causadores do efeito estufa em grandes eventos. A iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), em parceria com a Unidade Gestora da Copa (UGP-Copa), visa, além da redução de poluentes, ser o diferencial de Manaus no Mundial de Futebol e fazer com que capital termine a Copa sendo a que menos poluiu entre todas as sedes.

Segundo a titular da SDS, Kamila Botelho, apesar da ação ser voluntária, a ideia é fazer com o turista se conscientize sobre a necessidade de não poluir e saiba, por meio de ações como a que está sendo proposta, porque o Amazonas tem a maior cobertura florestal do Brasil, com 97% de área preservada.

“Temos consciência do patrimônio florestal do Amazonas, que é sempre lembrado pela riqueza de biodiversidade. O objetivo é que os espectadores saibam disso e tenham a possibilidade de realizar a carboneutralização na vinda à cidade”.

Inventário
O inventário que apontará a quantidade de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) que será emitida durante a Copa, em Manaus, será concluído em fevereiro. O estudo ajudará a aplicar as medidas compensatórias para que Manaus tenha emissão zero de CO2, e a definir as metas para que a cidade conmsiga alcançar esse objetivo.

O estudo feito pela SDS segue os parâmetros do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e executa diversos projetos em diferentes áreas.

A missão de zerar a emissão de carbono com a mitigação é ainda maior na capital amazonense porque não haverá espaços para testes. Ao contrário de outras cidades sedes, como Fortaleza, Manaus não participou da Copa das Confederações da FIFA, no ano passado.

O inventário final da emissão de GEE durante a competição mostrou que Fortaleza foi a terceira cidade-sede que menos poluiu durante o evento.

Totens em pontos turísticos
Além dos smartphones e tablets, as pessoas também poderão fazer a mitigação em dez pontos fixos espalhados pela cidade. Os totens, como são chamados os equipamentos, são telas sensíveis ao toque nas quais os turistas serão incentivados por meio de apelo visual a fazer a compensação de carbono. A Arena da Amazônia – Vivaldo Lima, Largo de Sebastião e o parque Sumaúma estão entre os lugares onde os totens estarão. Todos contarão com uma pessoa para orientar os expectadores sobre a mitigação.

A previsão é que o aplicativo esteja disponível para download no dia 21 de março, para coincidir com a programação comemorativa do Dia da Árvore e possível vinda da presidente Dilma Rousseff a Manaus. O aplicativo está sendo desenvolvido pela empresa de Processamento de Dados do Amazonas (Prodam).

Ele mostra com precisão quantas mudas o turista terá que compensar para zerar a emissão de poluentes observando cada item necessário para a estada na capital. Turistas, bem como, os amazonenses, poderão pagar valores simbólicos pelas mudas através do celular e fazer o plantio pessoalmente no parque Sumaúma, com direito a passeio em trilhas, entres outras atividades que existem no local.

A SDS vai investir na reforma do viveiro de mudas e trilhas do parque Sumaúma para melhorar a estrutura atual e receber a fim de receber os voluntários que fizerem a mitigação. Atualmente, existem nove trilhas, mas apenas três são oficiais. As demais precisam de plantio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário