A
meta mais ambiciosa é a do Governo do Amazonas, que adotou o objetivo
de sediar a Copa com a emissão zero de poluentes. A alternativa
encontrada é incentivar turistas que virão à cidade a mitigar
voluntariamente a emissão de CO2 com o plantio de mudas de espécies
nativas da região.
A
carboneutralização, como é chamada a compensação de poluentes, será
feita com a ajuda de uma calculadora digital, aplicativo que poderá ser
baixado em smartphone e tablet, na qual o turista fará o cálculo dos
gases que emitircom transporte, uso de energia elétrica, tempo de
hospedagem, entre outras ações que resultam em emissão de CO2, e poderá
mitigar os poluentes com o plantio de mudas no parque estadual Sumaúma,
na Zona Norte.
Iniciativa semelhante é
usada em países da Europa, principalmente os que sediam grandes
eventos. A diferença é cada calculadora possuiu uma aparência e
simbolismo exclusivos aos eventos, apesar do objetivo final ser o
cálculo de poluentes, cujo total e revertido em mudas. O Amazonas, por
exemplo, teve como referência o modelo usado em Amsterdã, na Holanda.
A
necessidade de mitigar os poluentes durante a Copa é resultado da
comprovação de emissão de gases causadores do efeito estufa em grandes
eventos. A iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (SDS), em parceria com a Unidade Gestora da
Copa (UGP-Copa), visa, além da redução de poluentes, ser o diferencial
de Manaus no Mundial de Futebol e fazer com que capital termine a Copa
sendo a que menos poluiu entre todas as sedes.
Segundo
a titular da SDS, Kamila Botelho, apesar da ação ser voluntária, a
ideia é fazer com o turista se conscientize sobre a necessidade de não
poluir e saiba, por meio de ações como a que está sendo proposta, porque
o Amazonas tem a maior cobertura florestal do Brasil, com 97% de área
preservada.
“Temos consciência do
patrimônio florestal do Amazonas, que é sempre lembrado pela riqueza de
biodiversidade. O objetivo é que os espectadores saibam disso e tenham a
possibilidade de realizar a carboneutralização na vinda à cidade”.
Inventário
O
inventário que apontará a quantidade de emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE) que será emitida durante a Copa, em Manaus, será concluído
em fevereiro. O estudo ajudará a aplicar as medidas compensatórias para
que Manaus tenha emissão zero de CO2, e a definir as metas para que a
cidade conmsiga alcançar esse objetivo.
O
estudo feito pela SDS segue os parâmetros do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento e executa diversos projetos em diferentes áreas.
A
missão de zerar a emissão de carbono com a mitigação é ainda maior na
capital amazonense porque não haverá espaços para testes. Ao contrário
de outras cidades sedes, como Fortaleza, Manaus não participou da Copa
das Confederações da FIFA, no ano passado.
O
inventário final da emissão de GEE durante a competição mostrou que
Fortaleza foi a terceira cidade-sede que menos poluiu durante o evento.
Além
dos smartphones e tablets, as pessoas também poderão fazer a mitigação
em dez pontos fixos espalhados pela cidade. Os totens, como são chamados
os equipamentos, são telas sensíveis ao toque nas quais os turistas
serão incentivados por meio de apelo visual a fazer a compensação de
carbono. A Arena da Amazônia – Vivaldo Lima, Largo de Sebastião e o
parque Sumaúma estão entre os lugares onde os totens estarão. Todos
contarão com uma pessoa para orientar os expectadores sobre a mitigação.
A
previsão é que o aplicativo esteja disponível para download no dia 21
de março, para coincidir com a programação comemorativa do Dia da Árvore
e possível vinda da presidente Dilma Rousseff a Manaus. O aplicativo
está sendo desenvolvido pela empresa de Processamento de Dados do
Amazonas (Prodam).
Ele mostra com
precisão quantas mudas o turista terá que compensar para zerar a emissão
de poluentes observando cada item necessário para a estada na capital.
Turistas, bem como, os amazonenses, poderão pagar valores simbólicos
pelas mudas através do celular e fazer o plantio pessoalmente no parque
Sumaúma, com direito a passeio em trilhas, entres outras atividades que
existem no local.
A SDS vai investir
na reforma do viveiro de mudas e trilhas do parque Sumaúma para melhorar
a estrutura atual e receber a fim de receber os voluntários que fizerem
a mitigação. Atualmente, existem nove trilhas, mas apenas três são
oficiais. As demais precisam de plantio.
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