A OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista,
anotou em seu balanço a entrada de receitas pela primeira vez desde a
oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) realizada na Bovespa em
junho de 2008.
A notícia se sobrepôs ao prejuízo líquido de 343,6 milhões de reais,
um crescimento de 317 milhões de reais em relação ao ano anterior, mas
uma leve queda na comparação com os números até junho. As ações (OGXP3) reagiram com uma pequena baixa após os números apresentados na noite de quinta-feira, mas agora operam em alta.
Apesar dos números desagradáveis mais uma vez por conta de custos não
recorrentes, a empresa apresentou pela primeira vez receitasem seu
balanço. Os 150 milhões de reais que entraram no caixa representam o
início da fase operacional da companhia.
Confiança
Agora, novas cobranças devem surgir. É uma nova chance para a empresa que perdeu crédito
junto aos investidores quando os papéis despencaram 41% em apenas uma
semana em junho após o o detalhamento sobre a vazão de dois poços na
Bacia de Campos.
“Assim, acreditamos que o mercado vai precificar melhor a empresa
paulatinamente, na medida em que perceber que os planos mais modestos de
agora estão se tornando realidade”, ressalta a equipe da Planner
Corretora, em relatório.
Atento a isso, Eike anunciou no mês passado que dispõe de mais 1 bilhão de dólares
para injetar na empresa, caso seja necessário. A OGX espera encerrar
2012 com uma posição de caixa de aproximadamente 1,8-1,9 bilhão de
dólares. Ou seja, a estimativa é de que ainda queime mais 600 a 700
milhões no ano.
“Os próximos doze meses devem ser importantes para definir o potencial
de longo prazo da OGX”, destacam os analistas Frank McGann e Conrado
Vegner, do Bank of America Merrill Lynch.
Exame.com
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