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15 de nov. de 2014

500 mil reais mais dois apartamentos fizeram vítimas mudarem depoimento, diz CPI da pedofilia.

CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa fez denúncias
Duas garotas vítimas da rede de exploração sexual de Coari, município no interior do Amazonas, voltaram atrás e modificaram depoimentos, com versões diferentes das apresentadas anteriormente à Justiça. A suspeita é que as garotas tenham sido coagidas ou receberam algum tipo de vantagem para alterarem declarações feitas ao Tribunal de Justiça e o Ministério Público.
A denúncia foi feita na manhã desta sexta-feira (14) por deputados estaduais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). Segundo os parlamentares, as mudanças nos depoimentos foi uma suposta "estratégia" de pessoas ligadas ao ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, acusado de liderar o esquema.
Conforme o presidente da CPI, deputado Abdala Fraxe, duas garotas, naturais de Coari, e que foram exploradas pela rede de pedofilia comandada por Adail, foram pressionadas a "venderem" declarações em troca de pagamentos na faixa de R$ 500 mil, que ainda não foram entregues, e dois apartamentos localizados em Manaus.
As alterações nos depoimentos favorecem diretamente Adail Pinheiro e outros acusados de integrarem a rede de pedofilia em Coari, a maioria ex-funcionários da Prefeitura do município, e que atualmente estão presos e respondem a processos judiciais. Conforme os deputados, mais vítimas estão sendo coagidas e recebendo propostas para mudar depoimentos.
As duas garotas que ganharam apartamentos eram adolescentes na época que foram aliciadas pela rede de exploração sexual, entre 2008 e 2009, e que hoje são adultas, compõem o rol de testemunhas do processo judicial mais recente contra Adail Pinheiro e os outros integrantes da rede, de fevereiro deste ano.
De acordo com os parlamentares, as duas vítimas entregaram as novas declarações em papel, escritas à mão, negando e modificando informações dadas seis meses atrás à Justiça. Segundo Abdala Fraxe, a reversão nos depoimentos atinge tanto a CPI local quanto a Comissão em trâmite no Congresso Federal, liderados pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Além de Fraxe, os deputados Luiz Castro, José Ricardo, Conceição Sampaio e Orlando Cidade compõem a CPI da Pedofilia da ALE. Eles pretendem se reunir com a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Graça Figueiredo, para tratar sobre a suspeita de "compra" de depoimento das vítimas e sobre o trâmite dos processos que citam Adail e os outros envolvidos no esquema.
http://acritica.uol.com.br/noticias/Vitimas-pedofilia-Coari-depoimentos-CPI_0_1248475160.html

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