O programa Fantástico exibiu, na noite deste domingo, uma reportagem sobre as investigações que indicam que o prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), lidera uma rede de pedofilia, que recrutaria meninas de até 13 anos para praticar atos sexuais em troca de dinheiro e presentes.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) virá a Manaus, esta semana, segundo o Fantástico, para averiguar se há algum indício de favorecimento ao prefeito na tramitação dos processos junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
De acordo com a presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentesc da Câmara dos Deputados, Erika Kokai (PT-DF), há indicativos de que Adail tenha utilizado, inclusive, recursos públicos do município para financiar os crimes.
No início da matéria, uma mulher, não identificada pela reportagem, relata que foi estuprada quando ainda era uma criança pelo prefeito de Coari, no barco em que sua mãe trabalhava como cozinheira e que, recentemente, Adail tentou abusar de sua filha de 11 anos. A menina contou à reportagem que o prefeito cometeu atos libidinosos com ela.
Segundo Erika Kokay, existem, aproximadamente, 70 processos contra o prefeito de tramitando há pelo menos seis anos na Justiça. Os processos estariam no TJAM durante todo este período, sem avançar.
Caso sejam encontradas irregularidades na tramitação dos casos, o CNJ promete responsabilizar judicialmente os magistrados envolvidos.
O presidente do TJAM, desembargador Ari Moutinho, afirmou desconhecer qualquer esquema de favorecimento ao ex-prefeito e disse que, caso sejam encontrados indícios, os responsáveis serão punidos.
O advogado do prefeito, Antonio Simonetti Neto, disse não acreditar nas acusações e que há um complô político contra Adail.
Para o procurador geral de Justiça, Francisco Cruz, entretanto, “as provas são contundentes” e estão sendo reunidas para que haja o indiciamento.
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