Há
menos de um mês para os desfiles, que acontecem em 27 e 28 de fevereiro
e 1º de março, as escolas do grupo especial de Manaus marcaram um
protesto para esta quinta, 30 de janeiro, na Avenida do Samba,
localizada no Dom Pedro, Zona Centro-Oeste, a partir das 8h30.
O
objetivo é protestar contra a cobrança, feita pela Secretaria de Estado
de Cultura (SEC), de 235 mil reais por furto de energia elétrica em
desfiles anteriores. Também foram cobrados cerca de R$ 40 mil por furto
de água. Além disso, o MPT também determinou a retenção de 20% nos repasses feitos pelo Governo às escolas, como garantia contra o não-cumprimento das exigências do TAC, o que será apurado na próxima rodada de inspeções do órgão.
“É
um absurdo. A gente foi convidado para ir à SEC como se fosse pra
receber os recursos, mas, em vez disso, a gente levou essa cobrança, que
não tá nem no nome das escolas, mas no da SEC. Agora o MPT também
resolveu reter R$ 52 mil reais de cada escola do repasse do Governo.
Estamos pasmos”. Quem afirma é Gilberto Ferreira Lima (foto),
presidente da agremiação Grande Família, uma das que assinaram o
comunicado enviado à imprensa na tarde desta quarta (29) informando
sobre a situação. As outras são Sem Compromisso, Aparecida, Vitória
Régia, Unidos do Alvorada e Reino Unido da Liberdade.
Gilberto
afirma que a falta desses recursos, a tão pouco tempo dos desfiles,
pode prejudicar o Carnaval de forma irreversível. “Nós vamos fechar a
Avenida do Samba com os carros alegóricos pra mostrar nossa
insatisfação. Pode não ter Carnaval nesse ano”, alerta. O comunicado
também acusa a Prefeitura de Manaus de não ter feito o repasse combinado
às escolas.
Irregularidades
Em nota, a SEC afirma que todas as contas de água e energia elétrica estão pagas pelo Governo do Estado, mas que não pode compactuar com as irregularidades, como o furto de energia. Além disso, está apta a realizar o repasse das escolas conforme o edital publicado ano passado, mas só se essas mesmas escolas estiverem em dia com as exigências do MPT.
Em nota, a SEC afirma que todas as contas de água e energia elétrica estão pagas pelo Governo do Estado, mas que não pode compactuar com as irregularidades, como o furto de energia. Além disso, está apta a realizar o repasse das escolas conforme o edital publicado ano passado, mas só se essas mesmas escolas estiverem em dia com as exigências do MPT.
Em
conversa com A CRÍTICA, a procuradora do Trabalho Fabíola Salmito,
responsável pela decisão de reter 20% dos recursos das escolas, explicou
a decisão. “As escolas Aparecida, Grande Família e Sem Compromisso
simplesmente não cumpriram nenhuma das dez exigências do TAC. As
cláusulas previam que o descumprimento de alguma exigência resultaria em
multa de R$ 8 mil, ou seja, a retenção de 20% (R$ 52 mil) não chega nem
a pagar a multa toda, que é de R$ 80 mil. Determinei a retenção como
uma forma de garantir o pagamento de pelo menos parte da multa, a menos
que as escolas regularizem totalmente a sua situação”, esclarece.
A
procuradora ressalta que a agremiação Reino Unido só teve retidos 5%
dos recursos, porque já havia tomado providências para regularizar sua
situação trabalhista. As demais escolas não teriam sequer cumprido o procedimento para receber o repasse do Governo do Estado.
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