Em
menos de uma semana, o número de focos de queimada no Amazonas
triplicou, segundo dados do Portal do Monitoramento de Queimadas e
Incêndios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na última
segunda-feira (21), foram registrados 13 focos de incêndio no Estado.
Na sexta-feira (25), esse número saltou para 39.
O
Amazonas é o segundo Estado com maior número de focos entre os que
compõe a Amazônia Legal, perdendo apenas para o Pará, que registrou 91
ocorrências de focos, segundo o Inpe. A posição se mantém quando se
trata de áreas protegidas. O Pará é o campeão com 23 unidades com
registro de foco de queimadas, seguido do Amazonas, onde identificou-se
10 áreas protegidas entre unidades federais, estaduais e terras
indígenas.
No
entanto, o Amazonas é o que detém o maior número de focos dentro de
terras indígenas, chegando à marca de 150 nichos de incêndio. Esse
número foi de 37 em unidades federais e 41 em unidades estaduais.
Focos de calor
A
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(SDS) faz um acompanhamento paralelo dos focos de calor por meio do
Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima) juntamente com o
Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), no período de estiagem (julho a
novembro).
Qualquer
temperatura registrada acima de 47°C é considerada um foco de calor,
que não é necessariamente um foco de fogo ou incêndio. Segundo o boletim
semanal da SDS, de 15 a 21 de outubro, o Amazonas apresentou 191 focos
de calor, ocupando o 5° lugar no rankeamento de número de ocorrências da
Amazônia Legal.
Em
primeiro lugar ficou o Pará com um total de 1.040 focos, seguido do
Maranhão, com 435 focos; Mato Grosso, com 399; Tocantins, com 287 focos.
Em 6º lugar está o Amapá, com 146 focos; seguido de Rondônia, com 133;
Acre, com 120 e Roraima, com 7.
No
entanto, o Amazonas apresentou um aumento de 26% no número de focos em
relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou 152
ocorrências do tipo. Outros dois Estado apresentaram aumento: Pará e
Amapá. Os demais seguiram a tendência de toda a Amazônia Legal que
reduziu em 13% o número de focos de calor, passando a registrar 2.758
focos este ano.
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