No
último domingo(05), pelo menos 12 lanchas puderam ser avistadas da
praia da Ponta Negra. A situação permaneceu ao longo da semana. Enquanto
a população em geral estava na areia, proprietários de embarcações
divertiam-se no rio Negro.
Com
várias turmas de alunos, o professor de Stand Up Paddle (SUP) , Carlos
Araújo, não parou de dar aulas no rio Negro, por conta da interdição.
Trata-se de um esporte originário do Havaí que consiste em remar sobre
uma prancha. Próximo a Ponta Negra, a escolinha funciona normalmente e
os praticantes saem para remar, chegando à área em frente à praia.
Praticante
de esportes aquáticos na Amazônia há 20 anos, o professor acredita que a
interdição do local chega algo inusitado. “Já vi muitos jacarés por
aqui. Ele é um animal territorialista, que só passa por ali, mas não
habita. Sei que já aconteceram muitas coisas e, por isso, esse cuidado,
mas suspeito que a praia não seja pública, por que não existe uma praia
que tenha tantas regras quanto essa. É uma praia sitiada”, afirmou
Carlos Araújo. Para ele, o fato de ter horário para entrar e sair
justifica isso. “Era para ser um balneário público, com algumas regras a
serem seguidas como não jogar lixo na praia, essas coisas que estão
implícitas ao bom senso, mas não com horário marcado para deixar o
local. Um dos grande momentos de contemplação da natureza é o pôr-do
sol, mas nem isso é possível, já que tem que deixar o local às 17h”,
completou Araújo.
Alguns
grupos mais avançados chegam a percorrer até 20 quilômetros, do
Tarumã-Açu até a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, que
cercam o Rio Negro e também são suscetíveis à presença de jacarés.
Mais jacarés foram vistos no local
Outros
jacarés foram vistos na praia após a interdição, segundo o tenente
Marco Antônio Gama, comandante do pelotão fluvial do Corpo de Bombeiros.
“Um deles teria até ameaçado dar um bote no tapume que está separando a
primeira etapa da segunda, que está em obras”. No entanto, segundo o
tenente, nos últimos dias, não foram registradas a presença de animais. O
Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb)
confirmou a informação.
O
tenente informou ainda que alguns pescadores suspeitam que a
aproximação dos jacarés tenha ocorrido por conta das boias de segurança,
que imitariam as malhadeiras, onde normalmente eles encontram comida,
mas o doutor em Ecologia, Ronis da Silveira, classificou como pouco
provável a situação.
http://acritica.uol.com.br/manaus/Interditada-banhistas-transito-Jet-Skis_0_916708325.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário