Trio matava as mulheres, as comiam e ainda vendiam coxinhas recheada com carne das vítimas.
Protagonista de uma história marcada por requintes de canibalismo e
crueldade, o trio formado por Jorge Beltrão Negromonte Silveira, 50
anos, sua mulher Isabel Cristina Pires Silveira, 50, e sua amante Bruna
Cristina Oliveira da Silva, 25 anos, foi indiciado nesta terça-feira
pelo homicídio de sua terceira vítima, Jéssica Camila da Silva Pereira,
ocorrido em 26 de maio de 2008, no município metropolitano de Olinda
(PE).
Jéssica era moradora de rua e foi convidada para morar com
eles. Tinha, então, 17 anos e uma filha de um ano. O casal, que não
tinha filhos, planejou ficar com a criança depois de matar sua mãe, o
que foi feito. Em abril deste ano, os três foram acusados da morte de
outras duas mulheres - com as mesmas características - em Garanhuns, no
Agreste do Estado. Eles estão presos desde então. A criança está sob os
cuidados do conselho tutelar.
O assassinato de Jéssica foi
qualificado como motivo fútil, dificuldade de defesa da vítima, meio
cruel, ocultação de cadáver e subtração de menor. De acordo com o
delegado de Homicídios de Olinda, Paulo Berenguer, Jessica foi
imobilizada no banheiro da casa, e em seguida levou um corte de faca na
jugular. Todo o seu sangue foi retirado com a ajuda de um garrote.
Depois, seu corpo foi esquartejado e a pele retirada. A carne foi
fatiada e guardada na geladeira. No dia seguinte, foi ingerida grelhada,
depois de temperada com sal e cominho. A criança também comeu da carne
da mãe. O resto foi enterrado em forma de cruz no quintal.
Alguns
fragmentos foram encontrados pela polícia: o omoplata, enterrado no
chão do terraço, e falanges que foram emparedadas. Antes de se mudarem
para a cidade de Conde, na Paraíba, eles jogaram no lixo o que havia
sido enterrado. As falanges encontradas nos buracos de tijolos, depois
de uma camada de cimento, estavam em bom estado de conservação e
ajudaram os peritos da Polícia Científica a identificar o corpo de
Jéssica, por meio de exame de DNA. Antes de ser descoberto em Garanhuns,
o trio passou pela cidade de Conde, na Paraíba, e pelos municípios
pernambucanos de Jaboatão dos Guararapes e Gravatá.
Além de matar
e comer a carne dos corpos de Giselly Helena da Silva, 31 anos, e
Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, mortas, respectivamente, em
fevereiro e março deste ano, e enterradas na casa onde o trio residia no
Bairro Petrópolis, em Garanhuns, Bruna revelou que eles chegaram a usar
parte da carne humana para rechear coxinhas que ela vendia na cidade. A
polícia não tem como comprovar o fato.
A partir de informações
dadas por Jorge Beltrão - que disse ouvir as vozes de um anjo e um
querubim, aos quais obedecia - o delegado de Homicídios afirmou que cada
morte equivaleria a um aspecto - ar, terra, água e fogo. Uma quarta
morte , segundo ele encerraria o ciclo da seita, pois "seria aberto o
portal para o acesso ao paraíso". A vítima já teria sido escolhida, em
Garanhuns, mas eles foram presos antes.
O caso veio a público
depois que parentes de Giselly Helena da Silva denunciaram o seu
desaparecimento. Os suspeitos usaram o cartão de crédito da vítima em
lojas de Garanhuns e foram localizados. O diretor geral de Operações da
Polícia Civil, Osvaldo Moraes, descarta a possibilidade de outras mortes
terem sido praticadas pelo trio em Pernambuco. O caso, agora, está na
esfera judicial.
Portal D24.
Eder Maia- Impressionado
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