Trabalhadores dos Correios, bancários, professores da rede pública de
ensino e operários estão reunidos em uma manifestação na manhã desta
terça-feira (1°), em Belém.
As categorias estão em greve no Pará e apresentam como pauta comum a
reivindicação por melhores salários e condições de emprego.
O movimento
conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras
entidades sindicais.
Os grevistas se concentraram às 10h na escadinha do cais do porto de
Belém, no bairro da Campina, e de lá partiram em caminhada pela avenida
Presidente Vargas, seguindo pela avenida Nazaré em direção ao Centro
Integrado de Governo (CIG). Uma comissão ligada ao Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) espera ser
recebida por representantes do Governo do Pará para discutir as
reivindicações dos trabalhadores.
Com a passeata, o trânsito ficou interrompido em várias ruas
transversais, provocando intenso congestionamento de veículos. Agentes
da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) estiveram em alguns
pontos críticos para organizar o fluxo de carros e ônibus.
Reivindicações
Professores e servidores paralisaram as atividades no estado desde o
último dia 23 de agosto. Em algumas escolas da capital paraense, as
aulas estão sendo mantidas com a contratação de professores. "O governo
está adotando uma postura inflexível quando resolve não discutir com a
categoria questões importantes, como a gestão democrática nas escolas, a
falta de fiscalização nas obras dos prédios escolares que estão em
ruínas, os salários dos professores e a mudança na jornada de trabalho",
explica Maurílio Estumano, coordenador geral do Sintepp em Belém.
Uma rodada de negociações foi proposta na tarde da última
segunda-feira (30), mas foi remarcada para a tarde desta terça-feira, na
Secretaria de Estado de Administração (Sead). Os professores afirmam
estarem insatisfeitos com o que vem sendo apresentado pelo Governo. "Nos
foi sugerido como proposta a criação de um projeto de lei a ser
apresentado na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para
resolver a questão da jornada de trabalho. Mas isso não faz sentido, o
próprio Governo demonstra total desconhecimento sobre a matéria e fez
uma grande mistura entre horas suplementares, hora-atividade",
complementa Estumano.
De acordo com Paulo André Silva, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Estado
do Pará (Sincort/PA), a categoria aderiu ao protesto para tornar
públicos os problemas que enfrenta. "Não há investimento em segurança, e
quem sofre com isso são os trabalhadores, seja nas ruas, entregando
correspondência ou dentro das agências dos Correios, que frequentemente
são assaltadas. A política do governo de transferir policiais militares
para trabalhar como agentes de trânsito aumenta ainda mais essa
insegurança”, afirma.
Os bancários também participaram da passeata coletiva e pararam em
frente a diversas agências localizadas ao longo da avenida Presidente
Vargas para explicar à população os motivos da greve, que no Pará, entra
no 13° dia nesta terça. "A Federação Nacional dos Bancos não está
disposta a negociar com os bancários. Até agora, ocorreu apenas uma
rodada de negociação, que não avançou, pois eles não abrem mão do
reajuste de 6,1%, contra os 11,93% que a categoria reivindica",
esclareceu Allan Thomaz, responsável pela comunicação do sindicato.
"Sem a apresentação de uma proposta que traga avanços nesse sentido, a
categoria seguirá em greve por tempo indeterminado”, frisou a presidenta
do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.
Segundo o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, trabalhadores de 382
agências de bancos públicos e privados cruzaram os braços no estado
desde o último dia 19 de setembro, em adesão à greve nacional da
categoria.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/10/trabalhadores-em-greve-fazem-manifestacao-coletiva-em-belem.html

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