Um grupo
de investidores internacionais formado por empresas dos Estados Unidos e
da África do Sul está disposto a firmar parcerias público-privadas para
executar obras do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus. O Grupo
tem interesse em bancar a construção de dois grandes projetos em curso –
o complexo do Polo Naval, no Puraquequara, e a Cidade Universitária, em
Iranduba – com aporte inicial de US$ 1 bilhão. Em troca quer a
concessão de uso desses espaços.
A
proposta do Ewing Group International foi feita à Secretaria de Estado
de Planejamento (Seplan) durante um encontro realizado há cinco meses em
Houston, Texas (EUA). A ideia é desenvolver um complexo naval, mineral e
de serviços logísticos apontando de início investimentos privados na
ordem de US$ 1 bilhão.
Os executivos
do Ewing Group estarão em Manaus na primeira semana de outubro para
tratarem da proposta com o secretário da Seplan, Airton Claudino, que
previamente disse que as propostas do grupo estão sendo avaliadas,
considerando as questões de ordem institucional e jurídica frente à
formatação de uma possível parceria com os investidores.
De
acordo com a parceria, o complexo naval contemplaria a construção de um
mega porto, estradas de acesso, infraestrutura de armazém e estoque de
cargas e porto do mineroduto, porto de cargas e passageiros.
A
construção de um polo naval em Manaus - discutida há pelo menos uma
década - está indefinida, uma vez que o Ministério Público Federal (MPF)
questiona o impacto ambiental e social que as obras causariam às
comunidades tradicionais que vivem à beira do lago do Puraquequara, Zona
Leste de Manaus, área escolhida para implantar o projeto.
Cidade Universitária
O
Estado do Amazonas deverá investir R$ 300 milhões na área equivalente a
13 mil m² da Cidade Universitária, complexo que vai abrigar as unidades
de ensino da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no município
vizinho de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus). O projeto, lançado em
julho de 2012, vai abrigar um campus, espaços residenciais, comércio,
serviços públicos, eixos viários, áreas de lazer e de turismo. O projeto
prevê ainda um hospital universitário, vila olímpica, vila agrícola e
um centro tecnológico, além de outros espaços destinados à iniciativa
privada, definidos por meio de Plano Diretor para implantação de
empreendimentos habitacionais, comerciais e de serviços.
O
modelo da cidade universitária proposto pelo grupo segue inspirada no
campus de Sugarland, no Texas, e inclui a construção e arrendamento dos
espaços de reitoria, moradia estudantil, prédios das faculdades, centro
médico, estacionamentos e área comercial e de serviços.
Segundo
o Secretário Executivo do APL Naval Offshore, Carlos Araújo, o complexo
proposto tem capacidade de atrair em médio prazo investimentos na ordem
de US$ 20 bilhões. “As empresas estão aguardando uma posição da Seplan,
que atualmente cuida do Polo Naval, porque pensam investimentos também
em várias áreas como a Cidade Universitária e a privatização da Cigás”,
informou Araújo.
http://acritica.uol.com.br/manaus/Investidores-internacionais-parcerias-Governo-Prefeitura_0_1001299904.html

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