A
defesa de Diego Oliveira, preso desde o dia 11 do mês passado na
unidade prisional Centro de Detenção Provisória (CDP), teme pela
segurança dele caso seja colocado em celas com os demais presos. Ontem
pela manhã, o advogado dele, Eguinaldo Moura deu entrada no cartório da
1ª Vara do Tribunal do Júri com um pedido de medida cautela em favor do
preso para que ele seja mantido em um local seguro pelo menos até o
julgamento.
Diego
é acusado de agredir e matar, junto com a mulher Sara Lopes, o filho
deles, Daniel Carlos Castro Lopes, de 2 anos e 11 meses. A criança
morreu depois de ter sido espancada com cabo de vassoura, vários tapas e
ainda com uma pancada com a jarra de um liquidificador.
A
juíza da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Mirza Telma Oliveira, explicou
que muito embora não seja da sua competência a atividade de
administração da execução da pena, não pode escapar do controle
jurisdicional a reconhecida incapacidade do Estado em fazer dos
estabelecimentos penais locais seguros e de ressocialização. Portanto,
determinou que Diego fosse mantido em um local seguro que garanta a sua
integridade física. De acordo com o advogado, no dia que Diego entrou na
cadeia houve manifestação dos presos contraria a presença dele ali. O
mesmo chegou a sofrer agreções físicas que lhe renderam escoriações pelo
corpo. Atualmente Diego está preso isolado sem manter contato com os
demais, segundo o advogado, por motivos de segurança.
Rejeição
Conforme
relato do advogado, a rejeição a Diego no CDP é grande ao ponto de ele
correr risco de morte até mesmo se colocado junto com qualquer outro
preso, inclusive com estupradores, considerados autores dos crimes mais
abomináveis dentro das cadeias. Segundo a denúncia apresentada pelo
promotor da 2ª Vara do Tribunal do Júri Evandro da Silva Isolino, o
crime praticado pelo casal foi classificado como homicídio qualificado
praticado por motivo fútil, com requintes de crueldade e sem dar chance
de defesa à vítima.
Conforme
o promotor, o filho do casal sempre sofreu maus-tratos. No dia do
crime, Daniel Carlos estava brincando na frente de casa e, ao vê-lo,
Diego o colocou para dentro de casa iniciando uma sessão de espancamento
com um cabo de vassoura. Quando a mãe do menino chegou do trabalho e
foi dar comida para ele, a criança começou a vomitar e ela, então,
passou também a espancá-lo, dizendo que ele estava estragando comida,
chegando a quebrar o copo do liquidificador na cabeça do filho. A
criança ainda foi levada ao pronto socorro, mas sofreu três paradas
cardíacas e morreu.
http://acritica.uol.com.br/noticias/manaus-amazonas-amazonia-Matador-filho-2_anos-vassourada-sofre-ameaca-morte-cadeia-_Manaus-crimes-policia-espancamento-agressao_0_1226277361.html
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