O prazo dado pela Legislação Eleitoral para os parlamentares que desejavam mudar de partido e ainda assim disputar as eleições de 2014 encerrou no último sábado (5). No Acre, apenas três dos 24 deputados com vaga na Assembleia Legislativa (Aleac) resolveram mudar de sigla.
Marileide Serafim que estava no Partido Social Democrático (PSD) explica que sua mudança para o Partido Social Liberal (PSL) foi motivada por questões ideológicas. "Eu não estava encontrando apoio para o que penso sobre cidadania, projeto de sustentabilidade econômica, social e ambiental", diz.
Ela conta que não houve atrito com a direção do partido. "O senador Sérgio Oliveira, o 'Petecão' [presidente do Diretório do Partido no Acre] foi um lorde comigo e me disse que a comissão executiva entendeu que seria melhor me liberar", explica.
A parlamentar salienta que apesar de estar saindo de um partido de oposição ao Governo Tião Viana para um que pertence à Base de Sustentação não pretende ignorar eventuais possíveis falhas da Administração. "Os anseios e necessidades da população são maiores que uma sigla partidária", disse.
Na nova sigla a parlamentar não deve tentar a reeleição, mas disputar um vaga para deputada federal.
Mas a deputada Marileide não foi a única a deixar o PSD. Com a mudança do deputado Francisco Viga para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) a bancada do PSD no Parlamento Acreano será extinta. Viga não foi encontrado para comentar a troca de sigla.
'Apenas um momento de dar sustentabilidade ao Governo'
Outro parlamentar que trocou de partido foi Walter Prado que saiu do Partido Ecológico Nacional (PEN) para se filiar ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros). Para ele a mudança já estava prevista desde que ele havia saído do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em 2012.
"O PEN era apenas um momento de dar sustentabilidade ao Governo, porque o [José Luís] Tchê [presidente do PDT no Acre] levou o partido para a oposição. Depois ele voltou, mas não tinha mais clima para voltar", diz.
Ele diz que ainda não há definição sobre uma eventual candidatura em 2014. "Vamos discutir mais na frente, até porque a intenção do Pros é não estar na linha de frente da Frente Popular em coligação direta com o Partido dos Trabalhadores. Nossa coligação seria na Frente, mas com outros partidos", explica.
Ele diz não acreditar que a mudança vá atrapalhá-lo politicamente. "Já era questionado pela base por estar em um partido ecológico sem programa, sem diretório, sem nada. A eleição proporcional no Acre se dá mais pela pessoa", conclui.
http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2013/10/tres-deputados-mudam-de-partido-na-assembleia-legistativa-do-ac.html
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