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18 de out. de 2013

Conselhos tutelares de Macapá sem telefone.

 Telefone para atendimentos no Conselho da Zona Sul, o mesmo encontra-se cortado (Foto: John Pacheco/G1)

Os telefones dos 2 conselhos tutelares de Macapá, nas Zonas Norte e Sul, estão bloqueados há 2 meses, segundo os respectivos presidentes das entidades. A interrupção do serviço prejudica a comunicação entre a população e o órgão para atendimentos de emergência relacionados a crianças e adolescentes.

"As denúncias são recebidas através do Disque 100 em Brasília, que encaminham na mesma hora para a sede do conselho em Macapá. Sem a comunicação, perdemos a oportunidade de agir rapidamente em ações de agressão, abandono e abuso sexual contra menores", frisou Iran Costa, presidente do Conselho Tutelar da Zona Norte, no bairro Laguinho.

A outra opção para comunicação é via e-mail, mas o conselheiro acrescenta que a deficiência na internet retarda a visualização das mensagens.

"Não é apenas um disque-denúncia, usamos a linha para entrar em contato com outras instituições e com os conselhos do interior do estado. Atualmente, disponibilizamos, do nosso bolso, um telefone celular, mas só recebemos ligações e somos obrigados a ligar a cobrar", reclama Costa.
O Conselho Tutelar da Zona Norte já foi acionado pela Promotoria de Justiça a respeito da falta do atendimento telefônico. Os conselhos estão sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast). O responsável pela pasta, Gilvano Moraes, confirmou o problema, e garantiu que a comunicação será retomada a partir da próxima semana.
A presidente do Conselho Tutelar da Zona Sul Regiane Gurgel revelou que o serviço prestado pela entidade localizada no bairro Buritizal encara a mesma deficiência. Ela recomenda que os denunciantes acionem a Polícia Militar, porém, destaca que o atendimento do conselho é essencial, pois os profissionais têm a sensibilidade adequada para cuidar de ocorrências com menores.

Os presidentes ainda destacaram a falta de uma distribuição regular de produtos de limpeza e de escritório para as sedes, que já estão sobrecarregadas com o número de atendimentos.
"Produtos de uso diário chegam até aqui de forma fracionada e acabam rápido. No Conselho da Zona Sul não temos mais água sanitária para limpar os banheiros e temos apenas duas embalagens de sabão em pó", reclama Regiane.
A Secretaria Nacional de Direitos Humanos prevê uma sede de Conselho Tutelar para cada número de 100 mil habitantes. A população de Macapá, segundo o IBGE, é de 437.256 habitantes.
O secretário Gilvano Moraes garantiu que a distrbuição dos produtos de limpeza e de materiais de escritório é feita regularmente, e que o processo de licitação que vai terceirizar o serviço está em andamento.

 http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2013/10/conselheiros-reclamam-da-falta-de-estrutura-para-trabalhar-em-macapa.html

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