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28 de set. de 2013

Números do Amazonas

Em oito anos, o Amazonas conseguiu reduzir apenas 1,4% o índice de analfabetos no estado. A afirmação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), principal fonte de indicadores socioeconômicos do país, que é realizada desde 1967 e traz informações sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios, incluindo dados sobre acesso à internet e posse de telefone celular, para Brasil, grandes regiões, estados e regiões metropolitanas. Os dados para o Amazonas demonstram novas situações da dinâmica populacional e a principal comparação é com a última pesquisa que havia sido realizada, no ano de 2004.


Na última pesquisa, havia em todo Estado 367 mil pessoas analfabetas (13,1%). Em 2012 o percentual caiu para 11,5%. Ou seja, ainda havia 384 mil pessoas com mais de cinco anos de idade a serem alfabetizadas em todo estado. Analisando os analfabetos pela idade, percebe-se que a grande maioria concentra-se nas crianças de 5 a 7 anos de idade, o que segundo a pesquisa reflete a deficiência ou inexistência da pré-escola.

Outro grupo bem vulnerável são os idosos acima de 60 anos de idade, onde 27% são analfabetos, o que representa um grupo de 77 mil pessoas. Já os adultos entre 30 e 59 anos formam um grupo de 106 mil analfabetos, sendo 70 mil morando nas cidades e 36 mil na zona rural.  De forma geral, a grande maioria (67%) dos analfabetos estava morando nas cidades, o que facilita o acesso a estas pessoas.

A pesquisa aponta ainda que em todos os níveis de ensino houve um sensível aumento no numero de pessoas frequentando a rede de ensino particular. Em 2007 eram 139 mil alunos. Já em 2012 foram 193 mil. Um aumento de 39%. O maior aumento ocorreu no ensino médio com 45%. O ensino fundamental veio em seguida com 35%. E o superior cresceu 28% passando de 68 mil para 87 mil em cinco anos.


Dados Gerais
Em 2012, a população do Amazonas atingiu 3.683.000 habitantes colocando o Estado na 14ª posição entre os populosos do país. A proporção de pessoas do sexo masculino ainda é maior que feminino 50,4% para 49,5%.

Na zona urbana amazonense moram mais mulheres do que homens. No entanto, o percentual de pessoas morando na zona rural vem diminuindo a cada ano. De 2004 a 2012 a queda da população rural foi de -6,82%. Há oito anos moravam 735 mil pessoas no interior; em 2012, este número caiu para 709 mil. Considerando o espaço territorial do Estado, pode-se concluir que a densidade demográfica de sua zona rural é de 0,4 habitantes por km². Os idosos acima de 60 anos já representam 7% da população amazonense. Mas, a população ainda é predominantemente jovem, onde 50% é formada por pessoas de 0 a 24 anos de idade.

Os pardos representavam a maior parte da população com 71,5% do total. Já os brancos eram o segundo grupo cor ou raça com 21,3%. Os negros contavam 135 mil (3,7%) e os indígenas 108 mil (2,9%). Entre os brancos e os amarelos, as mulheres eram a maioria. Por outro lado, os indígenas tinham forte presença nas cidades, eram 25 mil morando na zona urbana, o que significa 23,5% do total de indígenas.


Domicílios
A maioria dos domicílios tinha rendimento médio mensal de mais de um a dois salários mínimos (25%). Outros 20% tinham rendimento entre mais de três a cinco salários mínimos. No tema rendimento domiciliar cabe destaque para 132 mil domicílios com rendimento médio mensal de até R$472,00 (14,2%) e também dezesseis mil domicílios que declararam não ter rendimentos (1,7%).
Dos 928 mil domicílios particulares do estado, 78% eram próprios e 16% alugados. A maioria dos domicílios era casa, mas é cada vez maior o numero de pessoas que optam por morar em apartamentos. Em 2004 eram onze mil apartamentos. Já em 2012 eles passaram a 103 mil. Entre os domicílios alugados a preferencia por apartamento já superou as casas.

Embora nos últimos anos os materiais utilizados na construção de casas tenham melhorado de qualidade. Ainda havia em 2012 cerca de treze mil domicílios com paredes não duráveis, e dezessete mil com cobertura não durável. Outro aspecto negativo quanto aos tipos de moradia é o fato de que existiam onze mil cômodos servindo de residência, onde moravam 34 mil pessoas em todo o Estado.
Havia 72% de domicílios ligados a rede geral de água. Por outro lado, 259 mil domicílios tinham outra forma de abastecimento d'água como poços artesianos, poços cavados, cacimbas, igarapés e rios. Na questão do esgotamento sanitário, 876 mil (94%) declarou possuir rede coletora, fossa séptica, fossa rudimentar outro tipo. E 52 mil domicílios não tinham esgotamento sanitário.


Também 78% dos domicílios possuíam coleta diária de lixo. No entanto, 16% não eram atendidos pela coleta diária, principalmente aqueles localizados na zona rural. A energia elétrica era o serviço que mais estava presente nos domicílios amazonenses; 97% declararam possuir eletricidade em suas casas, o que demonstra o alcance deste serviço. O telefone (fixo e celular) estava presente em 85% das casas no Estado. Nas cidades, 93% dos domicílios possuíam telefone.

A cada ano aumenta o número de computadores presente nas casas dos amazonenses. Em 2004 somente 8% tinham este bem. Em 2012 este percentual passou para 35%, representando um salto de 49 mil para 324 mil domicílios com microcomputador. No mesmo sentido, o acesso a internet atingiu em 2012 27% das casas, representando 252 mil domicílios conectados a rede mundial de computadores. Há nove anos havia somente 31 mil domicílios com acesso a internet.

As maiorias dos telefones presentes nos lares eram somente celulares (75%). Aqueles domicílios que possuíam os dois modelos (celular e fixo convencional) representavam 20%. O uso de telefone fixo vem caindo de ano para ano. Aqueles domicílios que possuíam somente o telefone fixo em 2003 eram 116 mil; em 2012 foram apenas 8 mil.

Fecundidade
Percentualmente, a fecundidade da mulher amazonense com mais de quinze anos de idade aumentou pouco nos últimos anos. Em 2004 era 73,8% aquelas que já tinham tido filhos. Em 2012 este percentual passou para 74,0%. Já em números absolutos, o quantitativo saltou de 758 mil para 927 mil no mesmo período.
As mulheres entre 30 e 34 anos de idade formavam o grupo que mais haviam tido filhos. Juntas, as mulheres desse grupo etário geraram 354 mil filhos ao longo de sua vida; dos quais 351 mil nasceram vivos. Só no período de 12 meses da data de referência da pesquisa, as mulheres amazonenses com mais de quinze anos tiveram 63 mil crianças.

 http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2013/09/nivel-de-analfabetismo-reduz-14-no-amazonas-aponta-ibge.html

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